Se metade de mim nasceu para aprender
A outra, não quer saber de crescer
Entre vales e esquinas
A outra metade, menina traquina
Brinca de se esconder
Pouco entende, muito pretende
E não abre mão de querer
E com tantas distrações pelo caminho
Antes brincando sozinho
Que me enganando à sofrer
Entre tantas versões de mim
me tragam alguma enfim
que se adapte ao meu viver...
Tragam também a esperança
E a vida vista pelos olhos de uma criança
Para eu nunca mais esquecer
Quero a mistura de um sopro breve
Com uma vida leve
Mesmo que tudo tenha início no fim
Ainda que a seja distante assim
A promessa me serve
E só para esclarecer
Continuo me recusando a sofrer
Só mais um gole e desce esse meu viver...